A endívia é uma planta que pertence à família das Asteraceae de até 1m. A endívia é uma variedade da chicória que se obtem mediante cultivo artificial.
É conhecida com o nome comúm de endívia, chicória-belga, sendo seu nome científico ou em latim Cichorium endivia var. Crispa. Pertence à família das Asteraceae. A esta mesma familia pertence também a escarola, a chicória, o cardo e a alface.
Acredita-se que a endívia é originaria da região mediterrânea; pois egipcios, gregos e romanos consumiam as folhas verdes nas saladas ou cozidas e utilizavam as raizes para aplicações medicinais. Assim durante séculos foram utilizadas as formas silvestres da endívia. Foram os séculos XVII e XVIII, quando começaram a ser introduzidas novas técnicas de cultivo, pois na França e Países Baixos eram muito apreciadsa nas saladas com folhas de endívia esbranquiçadas ao ar livre.
A meiados do século XIX foi quando apareceu o cultivo das endívias ou chicória-belga ou “Witloof” que conhecemos actualmente. Este descobrimento foi devido a M. Beziers, empregado do jardim botânico de Bruxelas, pois percebeu por coincidencia que as raizes da chicória cobertas com uma camada de terra, rebrotavam na escuridão formando uma segunda camada de folhas esbranquiçadas, alongadas e soltas. A partir desse momento Bélgica se converteu no berço do cultivo.
As raizes malteadas da planta servem para preparar um sucedâneo do café, com a vantagem de não conter cafeína. Foi inclusive um agradável substituto do café em tempos de escassez, devido ao seu pequeno custo económico.
A chicória-belga pode ser consumida como chá e para outras preparações para uso interno elaboradas com a raiz dessecada e triturada.
Podemos encontrar endívias em qualquer época do ano, mas é destacável sua presença desde outono a inicios do verão, especialmente no inverno e na primavera.
Na fase de cultivo de raizes ao ar livre, se requer temperaturas superiores a 5ºC para que as sementes germinem, no entanto o intervalo de temperaturas óptimas para a germinação é de 25-30ºC. A temperatura minima de crescimento das plantas é de 8ºC, desenvolvendo-se de forma óptima entre 16-20ºC.
Para escolher um bom exemplar de endívia devemos considerar que a planta deve estar inteira, sem manchas avermelhadas de matérias estranhas visíveis, sem humidade exterior anormal, com um corte limpo e imediatamente debaixo do pescoço e com uma coloração branca ou branca-amarelada.
Como acontece com o resto das hortaliças, é conveniente ingerir as endívias o antes possível, podendo ser conservadas no frigorifico de cinco a sete dias, dentro de uma bolsa de plástico perfurada. Embora toleram bem as temperaturas de refrigeração, prolongando sua vida útil, não acontece o mesmo com a congelação.
Como normalmente nas verduras e hortaliças, a endívia contém uma quantidade importante de água que rodeia o 94,5% do seu peso total. Em quanto ao teor em proteínas, é um dado significativo que, pode chegar ao 0,9% do seu peso, considerando que é um vegetal fresco. Os hidratos de carbono chegam somente a 1%, destacando seu alto teor em fibras. A gordura compões um 0,1% pelo que seu fornecimento não é significativo. Chegam somente a fornecer 17kcal/100g, cifras baixas inclusive se fazemos referencia ao grupo das hortaliças.
Vitaminas: encontramos básicamente vitaminas hidrosolúveis, das que destacamos o ácido fólico, que é encontrado em quantidades muy significativas, e as vitaminas B1, B2, B6 e niacina. Como falamos antes, seu teor em gordura é muito escasso, pelo que também será escasso seu teor em vitaminas liposolúveis, como a vitamina A, embora que sim contenha provitamina A.
Minerais: neste ponto é destacável seu teor elevado em potássio e significativo em zinco, cobre e manganésio. Embora que seja em quantidades menos significativas, contém cálcio, fósforo, magnésio e ferro.
No momento não há efeitos tóxicos conhecidos resultantes do consumo excessivo de endívia. Ainda assim, não podemos esquecer que tudo deve ser usado com certa medida, e que uma dieta equilibrada não é apenas a que fornece todos e cada um dos nutrientes, mas também deve ser variada em quanto aos alimentos que formam parte dela.
As folhas das endívias normalmente são consumidas nas saladas ou cozidas, sendo consideradas tônicas e depurativas. A raiz é muito rica no começo amargo, como a intina, colina e inulina e sais minerais.
A cor branca e a forma tenra das folhas da endívia se consegue privando à planta da luz solar (se trata de uma planta de cultivo forçado e artificil). Nos oferece uma variedade de hortaliça muito interessante, mas isto faz que fique mais pobre em certas vitaminas e outros nutrientes presentes em maior quantidade em outras variedades de chicória-belga.